AS LIMITAÇÕES DO PASTOR

A grandeza de um homem não está no quanto ele cresceu ou se tornou respeitável, mas no quanto ele se respeita lembrando que é gente, sabendo é vaso de barro, frágil. Diante de mais um caso de suicídio ocorrido com este Filho de Deus, gera muitos sentimentos dentro de nós. O que pensarmos, o que pode ter levado a isso, como aceitar uma escolha, de dar fim a um sofrimento ou dor psicológica de forma tão brutal e estarrecedora para nós humanos.

“Como assim, “EU PASTOR”, sujeito às mesmas limitações dos humanos?“

Parece que sempre precisamos de mais um acontecimento para lembrar que somos gente. Ah, mas que bom quando ainda conseguimos fizemos isso!! Os salmos 82:6 diz: Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Este versículo não tem problema nenhum em sua afirmativa, o grande problema que chama atenção é quando um pastor lê e acredita que de fato é, "Deus", e levando todos seus seguidores a acreditar na mesma coisa. Mas esquecemos de ler o verso seguinte (82:7) que diz: "Todavia como homens, morrereis e, como qualquer dos príncipes, haveis de sucumbir.

Bem verdade, que pastores são homens chamados por Deus para cuidar do rebanho e aplicar-se em aperfeiçoar a fé daqueles que experimentam a obra da salvação por meio de Jesus Cristo, Salvador e Senhor nosso. Este trabalho é gratificante, e gera em nós alegrias indizíveis, por saber que o eterno pode fazer coisas tão gloriosa através de nós, seres frágeis e limitados. Na caminha pastoral muitas coisas acontecem: pessoas se rendem a mensagem do evangelho, batismo, apresentação de crianças, noivado, casamento, festas de aniversário, nascimentos, etc... Parece que temos que ser polivalente, matar tudo no peito, ser o homem, pai, pastor, líder, mentor, coughing, amigo fiel, conselheiro, tudo isso de forma ideal.

Ótimo, saber que podemos realizar ou experienciar ser tudo isso, mas olhando para às Escrituras, percebemos, que Deus não exigiu que fossemos este líder ideal, visto que, todos os líderes que foram importantes, relevantes, essenciais em seu momento histórico no cumprimento dos propósitos de Deus, em sua passagem por esta terra, eram homens com pés de barro, que tinham suas limitações, e muitos deles reconheceram suas fraquezas, limites, e confessaram a Deus suas debilidades, o que pode ser visto em Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Jeremias, Isaías, Paulo e o próprio mestre Deus homem encarnado reconhece que estava angustiado até a morte.

Diante de um cenário tão vasto, de uma tão grande nuvem de testemunhas, cabe a cada um de nós, meros mortais, que um dia a graça de Deus nos alcançou, e nos fez ministros de uma mensagem tão gloriosa, reconheçamos que precisamos sim sermos honestos conosco, com as pessoas, com Deus "não por causa de Deus", que precisamos de ajuda, que somos gente, humanos que se beliscar dói, que sentimos a dor da traição, que ficamos com raiva, temos medos, inseguranças, nos falta fé algumas vezes, sofremos na família, etc...

Então, sendo assim, não podemos caminhar na solidão ministerial, mas precisamos buscar amizades verdadeiras, mentores, ajuda profissional, não somente para cuidar do problema, ou da dor psicológica "emocional" que nos acomete em alguns momentos de nossa caminhada. É necessário termos iniciativas de promoção e prevenção a saúde emocional, física, social, espiritual; visando cuidado mútuo.

Então,

• Tenha amigos que você possa compartilhar suas tristezas e alegrias;

• Não banque super-homem;

• Busque se relacionar com Deus e não somente para fazer a obra, mas porque você precisa Dele tanto quanto seus ouvintes;

• Respeite-se, pois Deus sabe que somos frágeis, e que temos limites.

• Busque ter alguma atividade física;

• Não é pecado tirar umas férias;

• Desfrute do amor de sua família, sua “primeira igreja”.

• Aprenda a descansar, assim, afiamos melhor a ferramenta, "nós".

Por hoje é só. Deus nos abençoe e tenha misericórdia de nós.